terça-feira, 18 de setembro de 2012

Plano de Aula

Escola Batista Pedras Vivas
Disciplina: Projeto Multidisciplinar com Enfoque em Língua Portuguesa
Série/Turma: Segundo Ano do Ensino Fundamental
Professora: Odinéia
Data de Início: 12/03/2012


Objetivos
Habilidades/ Competências
Conteúdos
Estratégias/ Procedimentos
Recursos Didáticos/ Atividades
Cronograma
Avaliação
- Ouvir e ver as imagens do conto: A Pequena Sereia.
- Refletir sobre a poluição do meio ambiente e jogar o joguinho da despoluição.
- Fazer a releitura do conto.
- Ver a animação do portal do professor e formar frases sobre o filme.
- Narrar coletivamente o filme enquanto a professora registra no quadro e os alunos irão copiar no caderno.
- Plantar e observar o feijãozinho.
- Trabalhar com o projeto de reciclagem.
- Realizar diferentes textos e poemas para o chá poético.
- Leitura oral.
- Comentários orais e escritos.
- Diálogo sobre a poluição ambiental.
- Filme de animação muda para inserir o texto.
- Narração coletiva e criação de textos.
- Relatório sobre o pé de feijão.
- Narrar a visita do Quico (boneco de alpiste e serragem).
 - Reciclar objetos.
- Produção textual.
- Conversa informal.
- Diálogo em sala.
- Assistir filmes e vídeos para comentar e criar textos.
- Jogar o joguinho da despoluição da página do Greenpeace.
- Observar e relatar as fases de desenvolvimento do pé de feijão.
- Apreciar os textos produzidos.
- Valorizar a opinião dos colegas e dialogar.
- Propor brincadeiras.
- Cuidar do Quico e relatar a experiência com ajuda da família.
- Produzir textos para o chá poético.
- Quadro
- Livros de literatura.
- Vídeos.
- Jogos.
- Materiais reciclados.
- Recorte e colagem.
- Construção de objetos feitos de sucata.
- Produção de frases e textos.
- Culminância com o chá poético.
A realização do projeto multidisciplinar,
acontecerá em todo o decorrer do ano letivo de 2012.
 A avaliação do projeto dar-se-á
Ao longo do processo de desenvolvimento do mesmo. Através das produções escritas dos alunos, da participação oral durante as aulas. Do portfólio com as atividades (mais relevantes) selecionadas nos bimestres para serem inseridas neste e demonstram a trajetória da aprendizagem dos alunos.
Este portfólio terá uma introdução explicando a relevância dos trabalhos realizados e os conteúdos desenvolvidos, comentários breves sobre cada página e postagem e a autoavaliação da criança, isto é, o que ela já sabe e suas dificuldades.
 Há que se considerar que a avaliação não se limita a medir o desenvolvimento dos alunos, mas para servir de parâmetro e repensar por parte do professor. Verificando- se o alcance dos objetivos e fazendo o replanejamento.


Referências Bibliográficas do Projeto
VIEIRA, Maria Amélia; GALVÃO. Rute Souza; Viver Valores – 3º ano / segunda série/ Ciências; Editora Construir – 1998 revisões 2102 páginas 94 a 102.1

Imagens












segunda-feira, 17 de setembro de 2012

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 
ABRAMOWICZ, A.; WAJSKOP, G. Creches: atividades para crianças de 0 a 6 anos. São Paulo: Moderna, 1995.
ASSIS, P. História social da criança e da família. Rio de Janeiro: Guanabara, 1978.
BONDIOLI, E.; HORN, M.G. Organização do espaço e do tempo na escola infantil. In: CRAIDY, C.; KAERCHER, G. Educação Infantil: pra que te quero? Porto Alegre: Artmed, 2001.
CAMPOS, M. M.; ROSEMBERG, F.; FERREIRA, I. Aspectos socioeducativos e sugestões para uma política nacional de educação da criança de 0 a 6 anos no Brasil. São Paulo: Fundação Carlos Chagas/Unicef, fev. 1989.
EDWARDS, C.; GANDINI, L.; FORMAN, G. As cem linguagens da criança: a abordagem de Reggio Emilia na educação da primeira infância. Porto Alegre: Artmed, 1999.
FARIA, A. L. G.; PALHARES, M. (Org.) Educação Infantil pós-LDB: rumos e desafios. Campinas: Autores Associados – FE/UNICAMP; São Carlos: Editora da UFSCar: Florianópolis: Editora da UFSC, 2000b.
FRAZATTO, F. Pensando a disciplina. In: ROSSETTI-FERREIRA, M. C. (Org.) Os fazeres da Educação Infantil. São Paulo: Cortez, 1998.
KUHLMANN JR, M. Infância e Educação Infantil: uma abordagem histórica. Porto Alegre: Mediação, 1998.
MOVIMENTO INTERFÓRUNS DE EDUCAÇÃO INFANTIL DO BRASIL – MIEIB. Educação Infantil: construindo o presente. Campo Grande: Editora da UFMS, 2002.
SANTOS, V. L. B. S. Promovendo o desenvolvimento do faz-de-conta na Educação Infantil. São Paulo: [s. n.], 1990.
SEBASTIANI, M. T. Educação Infantil: o desafio da qualidade – um estudo da rede municipal de creches em Curitiba – 1989 a 1992. Tese de Doutorado – Faculdade de Educação. Campinas-SP: Unicamp, 1996.
SPODEK, B.; BROWN, P. C. Alternativas curriculares na educação de infância: uma perspectiva histórica. In: FORMOSINHO, J. (Org) Modelos curriculares para a educação de infância. Porto: Porto Editora, 1998.



ENTREVISTA COM MARIA ELISA

1-           Maria Elisa, li o livro de sua autoria: Maria - Uma mulher Determinada, e gostei muito da narrativa por se tratar de um livro de memórias que, paralelamente, se insere na história de Sobradinho, pois os relatos da criação da escola por Dona Maria, sua mãe e personagem central da narrativa, se confundem com os períodos da nossa história como moradores desta cidade. Considerando que recebemos da Universidade Anhanguera, onde curso de Pedagogia, a tarefa de falar sobre a escola, as turmas e os alunos no período de 1950-1970, estabelecendo uma analogia com a época atual, lembrei-me do capítulo 17 do livro, onde se iniciam os relatos sobre a chegada da família a Sobradinho, inicialmente o Preto Rezende, já no capítulo 18 (1961), quando você e dona Maria Rezende assumem o compromisso de alfabetizar adultos e crianças devido ao fato ainda de não existirem escolas em Sobradinho. Considerando o supracitado, eu gostaria que relatasse como foi a experiência, como eram as turmas naquela época e como se portavam as crianças em sala de aula.
No segundo semestre de 1963 a escola começou com 7 alunos na quadra 10. As crianças sentavam juntas em um banco mais baixo e um outro banco, mais alto que o anteriormente citado servia como mesa.
2 - Você tem algum comentário a fazer sobre o fato narrado na página 126, quando dona Maria esqueceu Márcia na sala de aula devido ao cansaço?
Foi à noite, no salão paroquial, e a Márcia devia ter entre 6 e 7 anos.
3 - Você poderia descrever o relato do capítulo 21, que fala da criação e de fatos do que, atualmente, é o colégio Santa Rita de Cássia?
A escola foi criada em 1963, no segundo semestre, e começou com 7 alunos, na quadra 10, funcionando durante 15 anos nesse local, até 1978. O primeiro uniforme era vinho (uma jardineira para o Jardim de Infância); o segundo era xadrez.
As instalações eram precárias. No começo, era só uma sala; depois ficou com três salas, chegando a ter 120 alunos. Só tinha um banheiro.
A fiscalização era feita pela Sunab e a mensalidade custava três cruzeiros. Os bancos altos serviam de mesa e os baixos, de assentos (8 crianças por banco). Os equipamentos ficavam em uma secretaria na garagem e eram uma mesa e um armário de aço, um mimeógrafo a álcool. Cinco anos depois, foram comprados um toca-discos e um retroprojetor de slides mais simples.
As festas juninas eram feitas no pátio que era o resto de espaço que sobrava (até 1978). Foi comprado da Terracap um terreno de 700 metros onde estão as instalações até hoje. Em 1979, começou a primeira etapa do atual prédio, mais especificamente em setembro, e também o Alvimar Hotel. A partir de 1980, houve uma ampliação e inserindo-se o Ensino Fundamental até a 4ª série, com 6 salas de aula), uma secretaria escolar, uma cozinha, uma cantina,  três banheiros masculinos e três femininos. A parte recreativa ganhou mais espaço. Três anos depois foi construída a quadra de esportes, ainda descoberta. Em 1992, foi construído o pavimento superior (de novembro a abril de 1993). Foi alugado, de janeiro a abril, o prédio paroquial, momento em que a E. Luís Márcio foi desativada. Nesse mesmo ano, foi feita a mudança para a sede, iniciando-se a 5ª e 6ª séries e, no seguinte, a 7ª e 8ª séries. Nesse momento, a escola já estava bem estruturada.
Os equipamentos novos eram: mimeógrafo elétrico, retroprojetor, coleções de livros, salas especiais de orientação e coordenação, biblioteca, laboratório e, em seguida, informática. Todas as salas equipadas com mobiliários novos e serviço de som interno.
A compra do lote ao lado ocorreu no ano de 2000, por Edson e Taquinho, que deram 5 mil de sinal. Funcionou até este ano com prédio adaptado. Agora, em 5 de 2012, entrou com projeto novo, sendo construído dois pavimentos sobre o bloco 2, onde funcionará o ensino médio.

4 - Eu gostaria de inserir no trabalho da nossa equipe a fotografia da turma página 145 - Maria Rezende com as crianças no recreio, seria possível?
Sim
5 - Escolhemos também a da página 144 (desfile no dia do soldado), você descreveria de que maneira a fotografia mencionada?
Dia do soldado (25/08), chapéu e espada com jornal, desfile no conjunto B da quadra 8.
6 - Na página 146, há a Márcia e a Renata brincando no parquinho e, na 148, a Carla e a Paula. Qual seria o sentimento, hoje, de dona Maria ao ver tais fotos, considerando que são adultas atualmente as crianças da foto?
Sente-se realizada, pois a base foi dada pela avó.
7 - O que diferencia a organização e a metodologia da Educação Infantil daquela época para a época atual?
Mergulhar no mundo da renovação e conservar alguns aspectos da educação tradicional, como princípios e valores.
8 - Analisando as fotos da época, catalogadas por você, para a organização do livro, como analisa:
·         O número de meninos e meninas em sala e o tipo de vestimenta?
·         Como descreveria também o posicionamento de cada criança nas fotos (postura, expressão)?

Postura de respeito.
9 - Qual era a proporcionalidade de meninos e meninas? E a disposição das carteiras das crianças na sala de aula, era muito diferente da atual?
A proporcionalidade de meninos e meninas era mais ou menos a mesma. Atual formação de grupos.
10 - No seu ponto de vista como educadora, qual o papel atual da escola e do professor na perspectiva do desenvolvimento de uma prática de transformação da ação pedagógica?
Antigamente os professores eram mais dóceis e obedeciam mais facilmente ao comando da direção, mas, atualmente por se profissionalizarem em nível superior tornou-se mias difícil o professor exercer seu papel como antigamente.
Finalmente eu gostaria de agradecer sua colaboração, em nome de todos os colegas da minha equipe. Fico grata e parabenizo pelo trabalho educacional realizado em nossa cidade.
Ivone Macedo de Avelar
ENTREVISTA COM A ALUNA EDIANE


       Quais os tipos de materiais escolares utilizados naquela época?
 Caderno, lápis, borracha, lápis de cor e caneta.
       Como era o Uniforme?
  É preparativo para ir à escola - camiseta branca, saia cinza pregueada abaixo do joelho (para as meninas). Para os meninos: calça jeans e camiseta branca. Preparativos: tomar banho, almoçar, escovar os dentes e ir andando, acompanhado de um adulto. Ir à escola era um momento de prazer e alegria.
       Quais as formas de agrupamentos e procedimentos que ficaram na memória? Positivos ou negativos
 Sentávamos em fileira e em grupos de quatro pessoas.
Procedimentos que ficaram na memória sobre as intervenções feita pelos professores - Fazer a turma ficar em silêncio para entender melhor uma situação ou resolver um problema. Explicar individualmente, na carteira, o conteúdo.
Memórias positivas - Tratar as diferenças individuais como algo normal. Ex.: no caso de bloqueio em matemática, a professora não permitia “gozações”, porque um colega achava que eu sabia menos. A professora explicava quantas vezes fosse necessário.
       Quais as músicas cantadas e histórias ouvidas?
 Escravos de Jó; Ciranda Cirandinha; O Pato Pateta etc.
 Histórias ouvidas: Chapeuzinho Vermelho; Os Três Porquinhos etc.
       Quais as punições e instrumentos de avaliação utilizados nesta época nas escolas?
 Quando acontecia, ficar em pé no fim da sala, copiar inúmeras vezes “devo obedecer e respeitar a professora”; ir para a direção; advertência verbal.
Formas de elogios: verbal.
Instrumentos de Avaliação – Provas: oral e escrita, questionários etc.
Organização e participação das atividades – Comunicado escrito explicando dia, hora, local, tipo de vestimenta e objetivo.

A VISÃO DOS EDUCADORES SOBRE DESENVOLVIMENTO HUMANO
 

TEÓRICOS


DESENVOLVIMENTO HUMANO

MOTRICIDADE

LINGUAGEM E COGNIÇÃO

Jean Piaget – Cientista suíço que revolucionou a forma de encarar a infância. Foi um dos mais importantes pesquisadores e auxiliar da educação e da pedagogia. Nasceu em Neuchatel, em 9/8/1896 e morreu em 17/8/1980. Embora fosse ótimo pesquisador, ele era biólogo e não criou um método de ensino, pois não atuou como pedagogo. Seu estudo se restringiu ao processo pelo qual o ser humano adquire conhecimentos.
 

Ele dividiu os períodos de acordo com o aparecimento de novas qualidades de pensamento e que, por sua vez, interfere no desenvolvimento do indivíduo.
- 1º período: sensório motor (0 a 2 anos); - 2º período: pré-operatório (2 a 7 anos); - 3º período: operações concretas (7 a 11 ou 12 anos); - 4º período: operações formais (11 ou 12 anos em diante). Cada período é caracterizado por aquilo que de melhor o ser humano consegue fazer nessas faixas etárias.
Por volta dos cinco meses, a criança consegue coordenar os movimentos das mãos e olhos e pegar objetos. Neste período, fica evidente que o desenvolvimento físico motriz acelerado é suporte para o aparecimento de novas habilidades. No período de 2 a 7 anos, há a maturação neurofisiológica e, com esta, completa-se e amplia-se a motricidade permitindo o desenvolvimento de novas habilidades como a coordenação motora fina. Pegar pequenos objetos com as pontas dos dedos, segurar o lápis corretamente etc.
No curto espaço de tempo, por volta de dois anos, a criança evolui de uma atividade passiva em relação ao ambiente para uma atitude ativa e participativa. Começa a imitar regras e a compreender algumas palavras, e é capaz da fala imitativa. A 1ª infância (de 2 a 7 anos) é o período mais importante, quando se dá o aparecimento da linguagem e irá acarretar modificações nos aspectos intelectual, afetivo e social da criança. A interação e a comunicação entre os indivíduos são as consequências mais evidentes do desenvolvimento da linguagem e da cognição.

TEÓRICOS


DESENVOLVIMENTO HUMANO

MOTRICIDADE

LINGUAGEM E COGNIÇÃO
Lev Vygotsky nasceu em 1896 em Arsha, perto de Minsk, capital da Bielo Rússia. Era médico e morreu aos 38 anos de tuberculose. Fundou um laboratório de Psicologia e se destacou pela cultura enciclopédica.
Ele acreditava que a criança é um (ser) indivíduo social. Criou a teoria do processo social histórico e o conceito de zona de desenvolvimento proximal, que é a distância entre o que o indivíduo já sabe, já domina, e o que ele tem potencial para aprender.  
Constituiu teses e ideias inovadoras sobre temas como a relação entre o pensamento e a linguagem, a natureza do processo de desenvolvimento da criança e o papel da instrução no desenvolvimento. Um dos pressupostos básicos de sua teoria é que as origens das formas superiores de comportamento consciente devem ser achadas nas relações sociais que o homem mantém. Ele entendia o homem como ser ativo sobre o mundo e que transforma suas ações para que construam o funcionamento do plano interno. Ele considerava o desenvolvimento infantil sobre três aspectos: o instrucional, o cultural e o histórico. Segundo Vygotsky, a história da sociedade e do desenvolvimento humano caminham juntas.
Inicialmente, a fala acompanha a motricidade e, posteriormente, a fala dirige, determina e domina o curso da ação, com sua função planejadora.
Os movimentos da criança afetam o adulto, não o objeto diretamente. O gesto é criado na interação. A criança passa a ter controle de uma forma de sinal pelas relações sociais e interativas.
Está alicerçado no plano das interações. Todos os movimentos e expressões verbais da criança, no início de sua vida, são importantes, pois afetam o adulto, que os interpreta e devolve à criança como ação e/ou com a fala. No que concerne à cognição, ele deu ênfase ao processo de internalização como mecanismo que intervém no desenvolvimento das funções psicológicas da aprendizagem. Esta é a reconstrução interna de uma operação externa e tem como base a linguagem.

TEÓRICOS


DESENVOLVIMENTO HUMANO

MOTRICIDADE

LINGUAGEM E COGNIÇÃO






Henri Wallon

Henri Wallon, além de elaborar uma teoria sobre o desenvolvimento humano, em virtude de sua preocupação com a educação, escreveu também suas ideias pedagógicas: sua psicogenética é essencialmente sociocultural e relativista, com forte lastro orgânico. Sua teoria considera o desenvolvimento da pessoa completa integrada ao meio social considerando-se os aspectos afetivo, cognitivo e motor integrados. O desenvolvimento se dá na integração do ser humano (seu aparato orgânico) com o meio social.

A motricidade e seu desenvolvimento, para Wallon, está ancorada no desenvolvimento neurológico, como condição e limite. No estágio sensório-motor, a criança realiza um extenso e diferenciado acordo entre as percepções e os movimentos. Com a maturação neurológica os reflexos, são inibidos e a criança torna-se capaz de realizar exercícios sensório-motores conduzindo a um duplo resultado: ligar o efeito perceptível e diversificar os movimentos.
As habilidades de linguagem, Wallon acreditava serem aptidões cultivadas, desenvolvidas em contato com a cultura, e não apenas inatas, embora dependam também das condições orgânicas.
Quanto ao desenvolvimento cognitivo, para Wallon, todos deveriam ter oportunidades iguais e respeito à singularidade (subjetividade) de cada pessoa. A todo o desenvolvimento intelectual, estético e moral seria oferecida uma base comum para oportunizar à criança experimentar, descobrir suas tendências de acordo com o seu estágio de desenvolvimento.

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Maria Montessori
O método montessoriano, ou abordagem biopsicológica, continua atual e questiona rótulos de normalidade e anormalidade entre as crianças. As que são estimuladas a desenvolverem avançam, segundo a descoberta feita por Montessori de algumas leis que regem o desenvolvimento humano e a aprendizagem da criança. Os principais norteadores montessorianos baseiam-se nas etapas do desenvolvimento biopsicológico infantil e, assim, as crianças ver-se-iam envolvidas com diversas atividades simultaneamente em sala de aula: uns com matemática, outros com arte e linguagem etc. Sua abordagem era um modo de ver o desenvolvimento da criança entremeado com as condições ambientais que poderiam favorecer ou atrapalhar.
Quanto à motricidade, para ela toda característica específica de uma pessoa é adquirida com a ajuda de um impulso passageiro. A motricidade não é somente cognitiva, mas fruto do esforço guiado cuidadosamente por instintos ou períodos. A criança que não tiver acesso a experiências que permitam o desenvolvimento, no tempo certo, sofrerá um distúrbio no seu desenvolvimento.
Para Montessori, a linguagem é uma das maneiras de a criança interagir com o meio. A linguagem surge, na infância, num processo natural e inconsciente pela necessidade de se expressar. A cognição e a aprendizagem, para ela, ocorrem por conta própria e, portanto, precisa-se ter vontade para aprender. Quando é motivada, a criança passa a ter interesse e autoconfiança. O método promove o desenvolvimento da concentração. Períodos sensíveis: período sensível por ordem; período sensível por detalhes; período sensível para utilização das mãos; período sensível para andar; período sensível para a linguagem.

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LINGUAGEM E COGNIÇÃO







Waldorf


“Educar para o futuro” significa encarar, a partir da própria organização escolar, os principais desafios que a atualidade propõe.
Na pedagogia Waldorf, dá-se importância à educação no primeiro setênio (0 a 7 anos de idade), por tratar-se da fase da vida na qual é desenvolvida a organização do corpo físico. Nessa fase, a criança aprende a adequar-se aos apelos do mundo por meio da imitação das pessoas e das ocorrências ao seu redor. Cabe aos adultos escolherem a qualidade do ambiente e as atitudes dignas de serem imitadas pelas crianças. A solução está na real compreensão fisiológica e psicológica do desenvolvimento.


Nos primeiros meses e até três anos, a criança sente visível necessidade de movimentar-se constantemente, mas com movimentos caóticos e desajeitados. Aos 4 ou 5 anos, a criança nessa fase continua com a necessidade de conquistar a consciência corporal, isto é, estimular e condicionar, mas o ambiente deve proporcionar situações para a alegria e a segurança. Ela já responde aos estímulos dos adultos, como a possibilidade de alfabetização precoce entre 4 e 5 anos.


Além de não interferir de forma a melhorar a capacidade intelectual quando adulto, não é produtivo tirar da criança a oportunidade de desenvolver a fantasia, despertar a alegria da conquista e aquisição da sua segurança diante do mundo.
Dos 5 aos 7 anos, há o surgimento de um novo comportamento.
A imaginação se cristaliza levemente em representações mentais das experiências vividas no mundo. Tem início os primeiros passos de um raciocínio e, só agora, em torno de 6 anos completos, no sétimo ano de vida, é que podemos apelar para uma compreensão de ideias, de pensamentos sobre o mundo.


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MOTRICIDADE

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Celestin Freinet


O livre arbítrio também deve ser considerado entre as crianças. Segundo Freinet, toda criança já possui uma consciência moral. Para Celestin Freinet, todo indivíduo é sociopolítico, ou seja, tem a sua parte de responsabilidade na sociedade a qual está inserida e, consequentemente, é influenciada politicamente, mesmo não querendo. Para ele, o desenvolvimento humano passa por formação de pessoas livres, construtoras de um juízo sólido e de nobre caráter.


Para Freinet, o desenvolvimento da motricidade de cada ser humano deve respeitar a sua individualidade (subjetividade), mas não ter problemas de integração social. Para ele, a vontade humana é a força motriz que faz com que as pessoas se movimentem.
Para Freinet, deve-se oferecer aos educandos leituras e atividades diversificadas, com jornais, revistas e outras, oportunizando o desenvolvimento da linguagem e promover a construção do conhecimento e a compreensão de estudos do meio e do universo que nos cerca. Devem-se empregar atividades que possibilitem formular hipóteses num conceito de aprendizado de normas e sequência didática. Essa pedagogia se fundamenta em quatro eixos: cooperação (construir conhecimento comutativamente);comunicação (formalizar e transmitir); documentação (o chamado livro da vida); afetividade (com um vínculo entre as pessoas e delas com o conhecimento).